Praça do alto da Bela Vista entregue a população pelo prefeito João Batista Barra de São Miguel Paraíba

 

Pois é, minha gente, mais uma obra foi entregue e não foi uma obra qualquer, sendo, talvez, a mais importante da história desse Município. 

Como havia prometido em campanha que o Alto da Bela Vista teria também a sua praça, logo no início do mandato começamos a pensar em um local para essa e por uma marca do governo que sempre vai superando desafios, não podíamos ter escolhido um lugar mais representativo que o Serrote da Repetidora. A escolha do serrote não foi muito bem entendida ou aceita pelos atores que cercavam aquela empreitada, moradores (as), colaboradores (as) da Prefeitura – até mesmo o Engenheiro Mauro Henrique – e visitantes. Porém, enquanto as pessoas viam apenas as dificuldades – a topografia acidentada do terreno, quantidade de rochas de diversos tamanhos e formas, necessidade de remoção da repetidora e das antenas dos provedores de internet e precisão da mudança do Cruzeiro das Missões – e, por tudo isso, o trabalho difícil que pela frente viria, começamos na tarefa de convencer estes contando as principais vantagens de ser ali: a localidade, por ficar o serrote no ponto central do Alto da Bela Vista, democratizando o acesso e os benefícios do empreendimento; a cota, que por ser um ponto alto da cidade daria a oportunidade de avistar toda a cidade de lá; a eliminação de riscos de problemas de saúde e segurança pública; e o aumento da dignidade de uma área que não foi lembrada pelos (as) gestores (as) que passaram. 

Essa foi a primeira obra do nosso governo em que não foi feito um projeto por um engenheiro ou profissional afim, pois, mesmo tendo sempre o cuidado com a técnica e tendo o acompanhamento do nosso engenheiro fiscal Mauro Henrique, toda idealização foi do nosso capacitadíssimo mestre de obras Ronaldo Diniz, conhecido como “Presidente”, assim como a execução, tendo, nessa, a contribuição de outros colegas de trabalho – como Clemilton, que sempre dá seus toques de melhorias nos serviços – e dos moradores que diariamente acompanhavam a obra. Presidente, que não tem diploma de formação, tem anos de experiência em obras e traçou a praça e coordenou sua equipe na execução desta e fez mais que bonito. Essa foi a primeira obra do Município nos seus 59 anos executada com recursos próprios no Alto da Bela Vista, isso mesmo, 59 anos de emancipação política, 59 anos que Barra de São Miguel é Barra de São Miguel. E mais: não só os recursos financeiros foram próprios, os recursos humanos também, pois todos profissionais envolvidos são barrenses e grande maioria moram no Alto.

Passamos muitas dificuldades desde o início, começando pela busca por materiais para construção, sendo os principais as pedras para a estrutura e o solo para aterramentos e regularização da área. Um governo colaborativo trabalha para o povo e precisa do povo e assim foi durante esses quase 6 meses, saímos pedindo aos (às) proprietários (as) de terras de nosso município para que entrássemos com a equipe, as ferramentas e as caçambas para juntarmos pedras e solos e fomos atendidos. Foram 30 carradas (em caçambas) de pedras que foram usadas da base dos muros de pedra até as partes superiores da obra, mas, pelo empenho que tivemos, algumas pessoas até disseram que a única coisa que a gente fazia era juntar pedras. Foram 47 carradas de solo. Os números são expressivos e, ainda assim, só quem conviveu sabe que cada +1 tinha suas particularidades que amplificavam o trabalho.

Ainda nas primeiras etapas da obra o coronavírus chegou ao Brasil e com isso foram necessárias adaptações em todos os sentidos, desde a necessidade de cuidados com a equipe até contornar a escassez de dinheiro, isso numa situação em que precisávamos de mais pessoas trabalhando e em que os materiais ficaram mais caros. Algumas pessoas foram a público e pediram a paralisação da obra, justificando que no período da pandemia a dedicação teria que ser exclusiva na Secretaria de Saúde, mas a gente, confiando na boa gestão de nossa equipe, que é capacitada em todos os setores, decidiu continuar e hoje tem a certeza que fez o certo, pois 6 meses se passaram, muitos outros se passariam ainda com a obra parada e o povo iria ficar sem os benefícios recebidos, esperando e desconfiando se realmente um dia aconteceria a conclusão.

A medida em que o serrote foi sendo escondido e a área foi ganhando a forma de uma construção, mesmo que ainda a visualização daquilo como uma praça não fosse possível para muita gente, além de Presidente que tinha tudo na sua mente, a equipe e o povo começou a confiar que ali sairia um equipamento bonito. A obra seguiu e o desafio que continuava sendo enfrentado aumentou quando decidimos, em paralelo, cumprir mais duas promessas de campanha: pavimentar mais ruas e estender a rede de distribuição de água. Calçamos diversas ruas, inclusive aquelas do entorno da praça, e estendemos a rede, levando água tratada para o povo que antes precisava ir com baldes até o chafariz, no pé do serrote, que era abastecido por carros pipas.

Estrutura erguida, chegou a hora de qualificar a obra e foram começando a ser construídos ou instalados os elementos que davam cores a obra: o fantástico coreto, que para muitos é a parte mais bonita; a grama verdinha, que faz contraste com o cinza das pedras no traçado da Praça; as bonitas plantas, que dispensam comentários; a iluminação impecável, que de longe destaca a praça; os banquinhos; os equipamentos para exercícios físicos e os parapeitos metálicos. Todas essas coisas citadas não perderam nem um pouco do seu brilho quando um pequeno acidente de trabalho aconteceu, que foi a virada da caçamba, pelo contrário, tudo se valorizou, pois é sabido por todos que a caçamba virou trabalhando, que guardada dentro do galpão jamais viraria, e aflorou em mais um momento a solidariedade do nosso povo, mesmo que algumas pessoas por uma pequenez desprezível tenham enxergado diferente.

A Praça foi concluída e representa não apenas uma construção, não são apenas benefícios estruturais, o equipamento traz também benefícios ambientais, sociais e econômicos, pois o Alto da Bela Vista passou a ter um espaço de lazer, por oportunizar a frequentação para diversos fins de socialização e convivência, bem como para realização de eventos públicos, a exemplo do réveillon, que já tem a queima de fogos feita no Alto; um local para promoção direta de saúde, já que, entre outros fatores, há a possibilidade de realização de atividades físicas, foi eliminada a moradia de animais até perigosos, como cobras, e acabou a poeira vinda uma área para as ruas e casas;  valorização da área, deixando construções e terrenos mais caros, sobretudo pelas melhorias estéticas que trouxe, pois, por exemplo, uma casa ao lado do serrote jamais valerá o mesmo de agora; transformação de um local abandonado em um local mais seguro, pois a escuridão de antes dava espaço para acontecimentos de casos graves e até crimes; e um ponto turístico, pois é um local bonito por si só, mas não bastasse isso, ainda permite fotografar toda a cidade, ver o pôr do sol ou as belezas das noites de lua.

Assim, após falar da estrutura física que até chamo de “monumento”, falo das cerejas do bolo, que vieram do povo do Alto da Bela Vista: a confiança, no início, o acolhimento e o apoio, durante, e a satisfação, no fim. O povo do Alto é o povo de Barra de São Miguel, a Praça tem a cara do povo do Alto, as distinções faladas só vêm de quem realmente faz distinção de pessoas. Não existe isso de marginalização e de que esse é um povo vulnerável, pois, mesmo que indicadores sociais o classifique assim, a gente teve mais provas do engano. A praça é representação de força, beleza e acolhimento, assim como seu povo. Por esses e tantos outros fatores não podíamos deixar de terminar o serviço sem homenagear pessoas, deixar o material com registros do valioso imaterial. Da forma que foi construída e na altura que se apresenta o monumento, o povo do Alto e frequentadores sempre olharão a cidade de cima para baixo e nunca de baixo para cima.

O Alto tem em vida e na memória pessoas com características que exigem homenagens e, dessa forma, Biu, enquanto vereador, submeteu à Câmara um projeto de lei com nomes para a praça, a academia e uma das ruas pavimentadas, sendo os homenageados, respectivamente, Contente, Sandrelly neta de Tututa e Raimundo Diniz. Centenas de pessoas podiam ter os nomes nos lugares destas, mas, desde a proposição que acabou sendo aprovada por unanimidade pelos vereadores, alguns critérios foram seguidos para que não houvesse injustiças e pela reação do povo as escolhas foram certeiras: ser família do Alto e ter pessoas da família envolvidas na obra, entre outros. Sr. Contente no Alto fez a sua família e se tornou um dos símbolos; Sandrelly cresceu no Alto, dentro da família de um dos maiores símbolos da área que é sr. Tututa e Sr. Raimundo Diniz, pai de quem foi o grande responsável por todos os serviços e de mais uma família ímpar.

Portanto, pessoal, falei tudo isso para expressar meu respeito e admiração pelas coisas de nossa terra e pelo povo de nossa terra. Não somos nada sozinhos, não somos nada sem o povo, nada acontece sem o povo. Em 2016 as promessas saíram de minha boca, mas vinham de um plano de uma equipe, e foram cumpridas por um grupo que sabe trabalhar, que é sério, que sempre esteve pronto para realizar e que continua pronto para seguir fazendo a Barra subir de patamar, como o Alto da Bela Vista subiu.

Finalizo agradecendo a todos aqueles que empregaram esforços na conclusão desse sonho: Ronaldo Presidente, Clemilton, Nicael, Luiz de Rita, Gabriel de Neném de Lila, Coquinho, Silvio, Sérgio e Zé de Tututa, Renato e Rogério de Amaro do Ó, Dodô de Maria de Zé de Branco, Baixinho, Pai Biu, Jean Pintor, Marcos de Zefinha Congo, Bruno Tavares, Tôta da Caçamba, Jordão, Sandro Fubá, Maninho, Sinha, Gil, Bruno, povo do Alto da Bela Vista e povo de Barra de São Miguel. Muito obrigado!

O trabalho vence sempre enfatizou o prefeito João Batista.

Blog do Sena Silva